Especial Semana da Mulher - Graziele Vanni

terça-feira, Janeiro 17, 2017

Colaboradora luta pela vida e supera câncer de mama

 

Em março de 2015, Graziele Vanni Martins Guimarães descobriu que tinha câncer de mama. Na época, com 34 anos, a mato-grossense de Alto Paraguai viu sua vida virar de ponta cabeça no momento que o médico e a irmã contaram por telefone que era um câncer invasivo. Ela chorou e no mesmo instante se deparou com o bem mais precioso da sua vida: a filha Flávia Luiza, de 9 anos. “Olhei para ela e meu esposo, Leandro, e veio na minha mente o terço azul que ganhei da minha mãe. Peguei o terço e falei para os dois que tinha duas opções na vida. Me entregar para a doença e deixar ela me levar ou aproveitar a oportunidade que Deus estava me dando para lutar e viver”, relata Graziele. Naquele instante ela apertou bem forte o terço entrelaçado em seu braço como uma pulseira e disse: “Eu vou lutar pela vida”.

 

   

Gaziele com o esposo Leandro e a filha Flávia Luiza.

 

Graziele conta que nunca imaginou um dia passar por isso. “Aliás, ninguém imagina, não é?”, indaga. Pois é, mas como ela sempre gostou de participar das ações sociais da Agro Amazônia (há 7 anos trabalha na empresa), principalmente de alertar a sociedade sobre possíveis doenças, levar alegria para idosos, crianças carentes e outros necessitados, no mês de outubro, durante uma Campanha do Outubro Rosa, resolveu fazer o autoexame. Foi onde tudo começou. Graziele achou um nódulo próximo ao mamilo. Passou alguns dias e não foi ao seu médico, em Cuiabá (MT). Após um mês ela consultou em Diamantino (MT), onde mora. Para a médica estava tudo normal, receitou apenas uma vitamina por 6 meses. “Tomei e não resolveu, já era câncer de mama”, completa. A doença, diz ela, fez a sua fé aumentar. “Percebi que Deus é maior que tudo e se Ele está no comando, tudo dará certo. Hoje sou um ser humano melhor, compreendo mais as pessoas e dou valor às pequenas coisas. A família é um projeto de Deus e tem um valor especial na nossa vida, e os verdadeiros amigos têm uma força para nos ajudar a enfrentar o problema. Dou mais valor ainda ao trabalho e descobri que o exercício físico e uma boa alimentação são fundamentais para a melhoria da minha qualidade de vida”, ensina. 

 

 

E a vaidade? “Ao saber que ficaria careca disse ao meu médico que o importante era a cura. É claro que não e normal ver mulheres carequinhas andando por aí, mas recebi muito apoio de demonstração de amor por parte da minha família. Todos ficaram carecas, minha mãe, irmã, irmão, pai e até minha filha, afilhada e sobrinha cortaram o cabelo curtinho”, contou Graziele. Ela destaca que ao ficar careca percebeu que a beleza interior é mais importante que a beleza exterior. “Tenho comigo a certeza de que um belo sorriso sincero, fé, amor à vida e ao próximo são fundamentais para a construção de uma vida feliz, mesmo tendo que enfrentar um problema de qualquer natureza”. 

 

 

Graziele é filha caçula de uma família humilde de três irmãos. Trabalha desde muito jovem, mas nunca deixou de se dedicar aos estudos. Formou-se em Administração, casou e adquiriu sua casa. Quando começou a trabalhar na Agro Amazônia, em Diamantino, eram poucas mulheres na unidade. Com o passar do tempo chegaram mais. Ela começou na empresa como auxiliar administrativo e hoje é analista de Vendas de Máquinas. “Fico feliz em ver que estamos ocupando nosso espaço. Isso comprova que somos competentes e conseguimos trabalhar, cuidar de casa, filhos, entre outras coisas. Meus pais sempre estimularam eu e meus irmãos a estudar, diziam que o estudo era o único bem que ninguém nunca iria nos roubar”, lembra. 

 

Gaziele e Família

 

Devido ao tratamento contra o câncer de mama, temporariamente Graziele está morando em Cuiabá, mas pretende voltar para Diamantino assim que receber alta dos médicos. A previsão é para março, abril ou maio deste ano. A mensagem final de Graziele às mulheres é que todas façam o autoexame. “Se descobrir no começo é mais fácil de tratar e curar”. Para finalizar, ela deixa um muito obrigada à família Agro Amazônia Soluções Integradas, em especial às mulheres do RH que têm todo cuidado e carinho com os colaboradores. “Também agradeço o carinho da minha equipe de Vendas de Máquinas, que me deu a maior força e apoio quando eu descobri a doença, e todos da Oncocenter, pessoas iluminadas por Deus”, finaliza. (Redação: Luciane Mildenberger)

 

 



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